segunda-feira, 6 de maio de 2013

Alguém fazia anos, talvez Panik ou Angelika. Havia festa à noite. Alguém tinha um líquido num conta-gotas, que supostamente era uma estranha mistura de ketamina e cocaína. Meti uma gota e lembro-me de estar na Rua Cândido Reis, sozinha, sentada num degrau duma porta um pouco mais abaixo do Mullens, completamente alienada e imóvel, com pessoas a passar por mim e a comentar o meu estado. Eu, catatónica, estóica, sem dizer nem fazer nada, não tinha capacidade para tal. Lembro-me de ir com a Angelika a casa dela com uma amiga alemã, que era perto do meu bairro, e tinha medo que os meus pais me vissem, porque já estava fora de casa há mais de um dia. Eu e a Cláudia tínhamos ido a um lugar onde iriam dar uma festa. Haviam drogas, comida, bebida, e dois gajos. Eu saí da festa quando era de manhã, estava sol. Saí com o Panik e ficámos a falar perto de um muro.

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