domingo, 24 de julho de 2011

Tive um sonho bastante... cinematográfico.
Então, o Tom estava a vir para Portugal, embora antes disso eu já me tenha visualizado com ele num aeroporto qualquer nem sei bem onde (acho que tínhamos ido viajar). Porém, ele contactou-me, alegando que iria estar em Lagos, no centro, e eu aproveitei para ir no seu encalço.
Eu, já no centro, em frente ao café Oceano, deparo-me com o Harvey Keitel e mais outro actor qualquer que acho que fazia parte do elenco do Reservoir Dogs, e aproveitei para elogiar o Harvey, dizendo que era bom actor.
Entretanto, dirigi-me ao balcão da cafetaria Taquelim, que ficava no exterior, pois tinha recebido a informação de que a Angelina Jolie estaria cá, e nesse preciso local. Eu vi-a... E nem sei como, alguém contratado para a assustar chegou ao balcão e pôs uma mão de criança cheia de espuma de banho apoiada no vidro do balcão. Não me lembro muito bem dessa parte.
Então, o Tom e eu encontrámo-nos no centro, de noite, e fomos andando para supostamente, onde ele vivia ou tinha casa. Reparámos no céu, que tinha tons de azul variados e riquíssimos, com um efeito da Lua sobre as nuvens, meio luminoso e celestial. Quando passámos pela Rua da Barroca, a rua estava infestada de bares, cafés, esplanadas e restaurantes turísticos, super movimentada.
Curiosamente, no sonho lembro-me de chamar o Tom não como Tom, mas sim como Jerry. O nome dele era Jerry! (?!) O mesmo morava na rua da Cláudia, numa casa que na verdade fica noutra rua de Lagos, mas que no sonho se situava ali.
Foi então que, ainda a caminho de casa dele, passámos ali numa rua perto do antigo Espaço Jovem, onde há um café, e nesse mesmo café estava sentado sozinho o David, que eu não via há imenso tempo! Acho que estava a chover de mansinho, e eu ia com os meus oxfords de salto alto que comprei na Zara. Passei pelo David e a minha visão periférica fez-me notar que ele reparou em mim. No entanto, continuei a andar, não sei porquê, e, por ironia do destino, tropeço e um dos meus sapatos é projectado para trás, mesmo em frente onde o David estava sentado. Foi nesse instante que os nossos olhares se cruzaram. Eu tentei parecer simpática e natural, mas ele, acometido por uma sofreguidão imensa, agarrou-me por iniciativa própria, com toda a intensidade do mundo, para minha felicidade e alívio. Chovia. Foi tão intenso, a forma como nos beijámos sem nos importar com o resto, como se só nós existíssemos. Um momento de paixão muito forte e emocionante. O Tom estava à minha espera, a assistir ao reencontro, desconfortável. Eu ainda os apresentei (e curiosamente nesse momento tenho que salientar que ambos tinham um chapéu igual nessa altura) por alto, e disse ao Tom para esperar que eu já lá ia ter, mas ele acabou por ir para casa sozinho. Acho que o David ainda fez conversa de circunstância com o Tom antes disso, não me lembro bem, só me lembro dele dizer "I'm almost 50!" com ar de regozijo. Também me perguntou a mim se o Tom já me tinha ido ao cu. Eu disse que não, e o David insinuou que ele queria.
Entretanto, vi-me de novo com o Tom, perto da rua da Catarina, e encontrámos o Francisquinho, que ia de gabardine amarela para a chuva, e cumprimentámo-nos. Contei ao Tom que ele andava envolvido com a Cláudia e o Tom ficou admirado, e fez uma comparação qualquer entre eles, usando uma metáfora relacionada com William Lawson's.
Eis que, de repente, apercebendo-me de novo da ausência de David, quase numa mistura de sonho com realidade, foi como se tivesse "acordado" para a realidade mas no próprio sonho (confuso, eu sei), dá-se a derradeira ruptura do sonho em si, mesmo continuando eu a sonhar. Desatei a chorar compulsivamente naquela zona perto da casa da Cláudia, constatando que eu estava apenas a viver um sonho dentro de outro sonho, e que sonhava um sonho dentro doutro sonho, todos com o mesmo idealismo relacionado com David e o nosso reencontro imaginário e fictício. Apercebi-me que até a sonhar me desiludia, por perceber que estava a sonhar, que tudo aquilo tinha sido um sonho, mesmo eu continuando a sonhar, não conseguindo controlar o sonho, claro está. Eu estava desesperada, e disse que tudo aquilo era como no filme Inception, um sonho dentro de outro, viver nos sonhos o que não se pode viver na realidade, e chegar a um ponto que já não se consegue preferir a realidade ao sonho, ou simplesmente ver que a resposta nem sequer reside nos sonhos. Foi angustiante.

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